Mula
sem cabeça
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CDC - Os mutantes |
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta.
Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, na verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro.
Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado.
Se alguém, com muita coragem, tirar os
freios de sua boca, o encanto será desfeito e a Mula-Sem-Cabeça, voltará a ser
gente, ficando livre da maldição que a castiga, para sempre
Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta,
Cavalo-sem-cabeça, Padre-sem-cabeça, Malora (México),
Origem Provável: É um mito que já existia no Brasil colônia. Apesar de ser
comum em todo Brasil, variando um pouco entre as regiões, é um mito muito forte
entre Goiás e Mato Grosso. Mesmo assim não é exclusivo do Brasil, existindo
versões muito semelhantes em alguns países Hispânicos.
Conforme a região, a forma de quebrar o encanto da Mula, pode variar. Há casos
onde para evitar que sua amante pegue a maldição, o padre deve excomungá-la
antes de celebrar a missa. Também, basta um leve ferimento feito com alfinete
ou outro objeto, o importante é que saia sangue, para que o encanto se quebre.
Assim, a Mula se transforma outra vez em mulher e aparece completamente nua. Em
Santa Catarina, para saber se uma mulher é amante do Padre, lança-se ao fogo um
ovo enrolado em fita com o nome dela, e se o ovo cozer e a fita não queimar,
ela é.
É importante notar que também, algumas vezes, o próprio Padre é que é
amaldiçoado. Nesse caso ele vira um Padre-sem-Cabeça, e sai assustando as
pessoas, ora a pé, ora montado em um cavalo do outro mundo. Há uma lenda Norte
americana, O Cavaleiro sem Cabeça, que lembra muito esta variação.
Algumas vezes a Mula, pode ser um animal negro com a marca de uma cruz branca
gravada no pelo. Pode ou não ter cabeça, mas o que se sabe de concreto é que a
Mula, é mesmo uma amante de Padre.
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A Lenda do Saci data do fim do século
XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as
crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é origem Tupi
Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão
enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno.
É uma criança, um negrinho de uma perna
só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá
poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos
de Sacis: O Pererê, que é pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá,
que tem olhos vermelhos. Ele também se transforma numa ave chamada Matiaperê
cujo assobio melancólico dificilmente se sabe de onde vem.
Ele adora fazer pequenas travessuras,
como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas
cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos, etc. Diz a crença popular que
dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele não atravessa córregos
nem riachos. Alguém perseguido por ele, deve jogar cordas com nós em sem
caminho que ele vai parar para desatar os nós, deixando que a pessoa fuja.
Diz a lenda que, se alguém jogar dentro
do redemoinho um rosário de mato bento ou uma peneira, pode capturá-lo, e se
conseguir sua carapuça, será recompensado com a realização de um desejo.
Nomes comuns: Saci-Cererê, Saci-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera,
etc.
Origem Provável: Os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando do Século
XIX, em Minas e São Paulo, mas em Portugal há relatos de uma entidade
semelhante. Este mito não existia no Brasil Colonial.
Entre os Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se
chamar Saci-pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de
uma só perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas.
Também de acordo com a região, ele sofre algumas modificações:
Por exemplo, dizem que ele tem as mãos furadas no centro, e que sua maior
diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros
dizem que ele faz isso com uma moeda.
Há uma versão que diz que o Caipora, é seu Pai.
Dizem também que ele, na verdade eles,
um bando de Sacis, costumam se reunir à noite para planejarem as travessuras
que vão fazer.
Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado
de uma horrível megera, ora sozinho, ora como uma ave.
Nomes comuns: Saci-Cererê, Saci-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera, etc.
Origem Provável: Os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando do Século XIX, em Minas e São Paulo, mas em Portugal há relatos de uma entidade semelhante. Este mito não existia no Brasil Colonial.
Entre os Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se chamar Saci-pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de uma só perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas.
Também de acordo com a região, ele sofre algumas modificações:
Por exemplo, dizem que ele tem as mãos furadas no centro, e que sua maior diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros dizem que ele faz isso com uma moeda.
Há uma versão que diz que o Caipora, é seu Pai.
Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado de uma horrível megera, ora sozinho, ora como uma ave.
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