sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dança: Cacuriá


O Cacuriá, ou Cacuriá de Dona Tetê, é uma dança típica do estado do Maranhão. Embora já seja parte constituidora do folclore brasileiro, sua origem não remonta mais do que quarenta anos atrás. Essa dança é apresentada durante a Festa do Divino Espírito Santo da região.

A festa do divino é considerada uma das manifestações culturais mais importantes do Maranhão e, por esse motivo, merece um texto à parte com melhores explicações. No entanto, como o tema desse texto é o Cacuriá, apenas pincelarei alguns fatos para contextualizar essa dança na festa do divino. Trata-se de uma festa que ocorre no dia de Pentecostes, sete semanas após a Páscoa, com a intenção de celebrar o dia em que o Espírito Santo teria descido para encontrar os doze apóstolos.

Muito embora a Festa do Divino pareça uma comemoração cristã, no Maranhão ela é bastante sincrética (mistura popular de diferentes crenças) ao apresentar elementos católicos e de religiões africanas. Durante a festa, várias danças são apresentadas como o Tambor de Crioula e o Carimbó. Após a apresentação do Carimbó, foi introduzido o Cacuriá como uma dança mais profana do que as outras.

A música e as danças são constituídas por músicas menores. O seu ritmo é dado por caixas e sempre há uma pessoa que introduz a ladainha, seguida pelos participantes que, além de dançar, respondem ao coro.

A dança é feita aos pares ou em formato de roda. As moças dançam com blusas geralmente curtas e saia comprida rodada, sempre adornadas por flores. Já os rapazes costumam usar colete sem camisa por baixo e calças curtas. Ambos dançam descalços.

Seguem as letras de algumas músicas do Cacuriá, mas é preciso lembrar que como se trata de uma dança popular, é comum que os versos sejam trocados ou até mesmo improvisados:

Lendas Brasileiras: Mula sem Cabeça e Ssaci Pererê


Mula sem cabeça

CDC - Os mutantes

Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta.

Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, na verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro.

Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado.

Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será desfeito e a Mula-Sem-Cabeça, voltará a ser gente, ficando livre da maldição que a castiga, para sempre

Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta, Cavalo-sem-cabeça, Padre-sem-cabeça, Malora (México),

Origem Provável: É um mito que já existia no Brasil colônia. Apesar de ser comum em todo Brasil, variando um pouco entre as regiões, é um mito muito forte entre Goiás e Mato Grosso. Mesmo assim não é exclusivo do Brasil, existindo versões muito semelhantes em alguns países Hispânicos.

Conforme a região, a forma de quebrar o encanto da Mula, pode variar. Há casos onde para evitar que sua amante pegue a maldição, o padre deve excomungá-la antes de celebrar a missa. Também, basta um leve ferimento feito com alfinete ou outro objeto, o importante é que saia sangue, para que o encanto se quebre. Assim, a Mula se transforma outra vez em mulher e aparece completamente nua. Em Santa Catarina, para saber se uma mulher é amante do Padre, lança-se ao fogo um ovo enrolado em fita com o nome dela, e se o ovo cozer e a fita não queimar, ela é.

É importante notar que também, algumas vezes, o próprio Padre é que é amaldiçoado. Nesse caso ele vira um Padre-sem-Cabeça, e sai assustando as pessoas, ora a pé, ora montado em um cavalo do outro mundo. Há uma lenda Norte americana, O Cavaleiro sem Cabeça, que lembra muito esta variação.

Algumas vezes a Mula, pode ser um animal negro com a marca de uma cruz branca gravada no pelo. Pode ou não ter cabeça, mas o que se sabe de concreto é que a Mula, é mesmo uma amante de Padre.

josie-blackangel.blogspot.com

A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é origem Tupi Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno.
É uma criança, um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Pererê, que é pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos vermelhos. Ele também se transforma numa ave chamada Matiaperê cujo assobio melancólico dificilmente se sabe de onde vem.
Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos, etc. Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele não atravessa córregos nem riachos. Alguém perseguido por ele, deve jogar cordas com nós em sem caminho que ele vai parar para desatar os nós, deixando que a pessoa fuja.
Diz a lenda que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento ou uma peneira, pode capturá-lo, e se conseguir sua carapuça, será recompensado com a realização de um desejo.
Nomes comuns: Saci-Cererê, Saci-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera, etc.

Origem Provável: Os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando do Século XIX, em Minas e São Paulo, mas em Portugal há relatos de uma entidade semelhante. Este mito não existia no Brasil Colonial.

Entre os Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se chamar Saci-pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de uma só perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas.

Também de acordo com a região, ele sofre algumas modificações:
Por exemplo, dizem que ele tem as mãos furadas no centro, e que sua maior diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros dizem que ele faz isso com uma moeda.
Há uma versão que diz que o Caipora, é seu Pai.
Dizem também que ele, na verdade eles, um bando de Sacis, costumam se reunir à noite para planejarem as travessuras que vão fazer.
Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado de uma horrível megera, ora sozinho, ora como uma ave.



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

COMIDA : Feijoada


infoescola.com
A feijoada, um dos pratos  mais famosos da culinária brasileira, se originou por meio dos costumes dos escravos africanos. O prato consiste na mistura de feijão preto, carne de porco, farofa, entre outros ingredientes.

Na época da escravidão, os senhores de escravos não comiam as partes menos nobres do porco, como orelhas, rabos ou pés, e davam tais partes aos seus escravos.

Como a alimentação dos mesmos era baseada apenas em cereais, como milho e feijão, resolveram pegar as partes do porco que eram rejeitadas e juntá-las com o feijão, cozinhando tudo em um mesmo recipiente, além de adicionar água, sal e pimentas diversas à mistura. Estava feita a primeira feijoada. ordas,flauta baixo,clarinet,teclados,entre outros.

Dança folclórica: Bumba meu boi



A festa do bumba-meu-boi surgiu no nordeste do país, e até sobre o surgimento dessa festa já foram criadas lendas, mas todas sem qualquer fundamento histórico. Uma dessas lendas em torno de seu surgimento diz que essa festa surgiu no Estado do Piauí, pois a região onde hoje se situa o Piauí começou a ser povoada por vaqueiros que vinham da Bahia em busca de novas pastagens para o gado.

Porém, o único fato conhecidamente certo sobre a história do surgimento dessa festa é o de um episódio ocorrido no período da dominação holandesa no estado de Pernambuco, mais precisamente em Recife. Esse acontecimento é denominado de episódio do Boi Voador, e que, a partir dai, teria evoluído para uma lenda com uma história mais elaborada tal como é hoje.

Mas é no Estado do Maranhão que bumba-meu-boi tem sido mais valorizado em todo nordeste, e dali, exportado para o Estado do Amazonas com o nome de Boi-Bumbá, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.

Atualmente, a essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. Esta essência se originou da lenda de Catarina e Pai Francisco de origem nordestina. Ao ser levada para a região Norte, sofreu adaptação à realidade amazônica, e faz reverência ao boi como se esse fosse nativo da floresta Amazônica (o que é historicamente incorreto pois o gado bovino não é nativo das Américas), e também exalta a alegria, sinergia e força das festas coletivas indígenas.

Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes.
 
PERSONAGENS
 
Bumba-meu-boi Mimoso, de São Bento em apresentação durante as festas juninas de 2011
Os personagens do bailado são humanos e animais. Os femininos são representados por homens travestidos. O Capitão é o comandante do espetáculo. Há também Mateus e Catarina, personagens bastante conhecidos que apresentam os bichos, cantam e dançam de forma engraçada, divertindo muito o público. Fazem parte ainda do elenco: Bastião, a pastorinha, a dona do boi, o padre, o doutor, o sacristão, Mané Gostoso, o Fanfarrão, a ema, a burrinha, a cobra, o pinica-pau e ainda os personagens fictícios: o Caipora,o Babau, o morto carregando, o vivo e o Jaraguá.
Existem vários personagens e variam bastante entre os diferentes grupos, mas os principais são os seguintes:
Amo: representa o papel do dono da fazenda, comanda o grupo com auxílio de um apito e um maracá (maracá do amo) canta as toadas principais;
Pai Chico ou Mateus: empregado da fazenda, ou forasteiro, dependendo do grupo, rouba ou mata o boi para atender o desejo de mãe Catirina. O papel desempenhado por esta personagem varia de grupo para grupo, mas na maioria das vezes desempenha um papel cômico;
Mãe Catarina ou Catarina: Catarina é uma negra, muito desinibida que em alguns bumbas é a mulher de Mateus. Mulher do pai Chico, que grávida deseja comer a língua do boi. Coloca enchimento na barriga para parecer que está gestante;
Boi : é a principal figura, consiste numa armação de madeira em forma de touro, coberta de veludo bordado. Prende-se à armação uma saia de tecido colorido. A pessoa que fica dentro e conduz o boi é chamado miolo do boi;
Vaqueiros: são também conhecidos por rajados. Nos bois de zabumba são chamados caboclos de fita. Em alguns bois existe o primeiro vaqueiro, a quem o fazendeiro delega a responsabilidade de encontrar pai Chico e o boi sumido, e seus ajudantes que também são chamados vaqueiros;
Índios, índias e caboclos: tem a missão de localizar e prender pai Chico. Na apresentação do boi proporcionam um belo efeito visual, devido à beleza de suas roupas e da coreografia que realizam. Alguns bois, principalmente os grupos de sotaque da ilha, possuem o caboclo real, ou caboclo de pena, que é a mais rica indumentária do boi;
Burrinha : aparece em alguns grupos de bumba-meu-boi, trata-se de um cavalinho ou burrinho pequeno, com um furo no centro por onde entra o brincante, a burrinha fica pendurada nos ombros do brincante por tiras similares à suspensório;
Caxumba: Personagem divertido, as vezes assustador, que usa batas coloridas e mascaras de formatos e temática muito variada. Não são todos os grupos de bumba-meu-boi que possuem caxumbas.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sejam bem Vindos

Sejam bem vindos ao nosso espaço, Blog Juntos Na Conexão. É com muita honra que anunciamos o lançamento do nosso blog JN Conexão.